DEUS MERCÚRIO (HERMES)



Hermes, filho de Zeus e da ninfa Maia

A origem de Mercúrio provém da mitologia grega, na qual tinha o nome de Hermes (os romanos absorveram a mitologia grega). Mercúrio, Deus de rara importância, era filho de Júpiter, o mais importante de todos (Zeus, na mitologia grega).

Na classificação mitológica, inclui-se Mercúrio entre as divindades celestiais (existem as da água, as do fogo etc.). A divindade máxima confiara a ele a gestão de riqueza, naquela época, representada, em sua máxima expressão, pelo gado (pecúnia, daí a expressão pecuniário).

Protegia o tráfego, os comerciantes, os pastores e aqueles que, não possuindo recursos, pilhavam dos ricos. Por simbolizar grande potência de inteligência e habilidade, os literatos de Roma fizeram de Mercúrio o seu protetor (Mercuriales Viri). Em Roma, faziam-se festas especiais a tal Deus denominadas Mercuriais. A quarta-feira passou a ser, também, o dia de Mercúrio (Mercoledi, no italiano, Miercoles, no espanhol).


Mercurio de Giambologna. Estátua em bronze. Altura 1,87m.  Museu Nacional Bargello, Florença

O templo de Mercúrio ficava no centro de Roma, perto do Circus Maximus (estádio monumental, que abrigava cerca de 200.000 espectadores e que se situava entre os montes Palatino e Aventino, onde só se realizavam corridas). Desde sua infância, Mercúrio manifestara-se um gênio, dotado de rara inteligência e perspicácia.

Atribui-se a ele, ainda criança, a invenção da lira e da flauta (daí, acredita-se, possa ter proveniência a expressão lira dos poetas, em razão de terem sido estes protegidos de Mercúrio, ao tempo de Roma). Só adulto, entretanto, é que se tornaria possuidor do Caduceu. Mercúrio negociou o Caduceu com o Deus do Sol e da Profecia, Apolo, que era seu irmão. Dando a lira a Apolo, este entregou-lhe o Caduceu em troca (segundo narra o poeta Virgílio, na Eneida, livro IV).

Como irmãos, sempre se presentearam e trocaram objetos valiosos. Igualmente, segundo a mitologia, certa ocasião, Mercúrio, muito menino ainda, para mostrar sua habilidade, conseguiu esconder algumas ovelhas de Apolo, atando ramos à cauda dos animais para que apagassem as marcas do trajeto. Tal feito, embora tivesse gerado reclamações, foi, todavia, considerado, por sua mãe Maya, prova de inteligentíssima peraltice.

Mercúrio era o mais ocupado de todos os Deuses, ou seja, o que mais encargos possuía, por sua extrema habilidade e variados poderes, trabalhando, pois, intensamente. Consta, ainda, que seu capacete (denominado Pétaso), o tornava invisível, o que lhe permitia avaliar atitudes e exercer controles sobre a ação de todos, oferecendo-lhe extremos poderes.

Esta é a razão pela qual Mercúrio era o principal intérprete das vontades de Zeus e dos Deuses do céu, fazendo cumprir as vontades supremas. Sua participação no dilúvio, na história de Ulisses, o grande herói grego, na derrota e morte do monstro Argos, na condução de Dionísio, e tantos outros feitos, fizeram dele um personagem ímpar nas narrações mitológicas.

Por haverem evocado sua proteção, os literatos romanos tiveram oportunidade de muito homenagear o seu Deus e, por isso mesmo, muito imaginar sobre ele.

Uma das mais belas estátuas, que representa Mercúrio, encontra-se em Florença, na Itália, e foi esculpida por Giambologna, fazendo parte da coleção do Palazzo Bargello. Mas, outras obras foram feitas para homenageá-lo, desde a antiguidade clássica, há quase dois milênios e meio.



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LOPES DE SÁ, Antônio (In Memorian)
Disponível em:Homepage Antônio Lopes de Sá
<http://www2.masterdirect.com.br/448892/index.asp?opcao=7&cliente=448892&avulsa=6212>
Acesso em: 24 de Setembro de 2011.


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